quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Spec Ops: The Line - PC, PS3, Xbox 360 - 2012

"It takes a strong man, to deny what is in front of him"
Eu não sou fã de jogos de guerra, nem jogo muitos, mas este me chamou a atenção por conta da história, e meu Deus, que história!
O game se passa em Dubai, umas das maiores e mais ricas cidades do mundo. Por se localizar em uma região desértica, tempestades de areia começam a afetar a cidade.
Muitos acham que é uma coisa passageira, mas as tempestades começam a se intensificar e logo Dubai perde comunicação com o resto do mundo. O batalhão "Damned 33rd" (Trigésimo terceiro batalhão condenado) estava em uma missão no Afeganistão e se voluntariou a ir até Dubai e ajudar na evacuação da cidade. Suas ordens, porém, eram de abandonar a cidade a sua sorte. O comandante John Konrad se recusa, e com a sua unidade, desertam do EUA e ficam na cidade para ajudar. É óbvio que neste ponto já está tudo um caos, então a 33rd é obrigada a tomar a cidade a força e impor uma lei marcial. Eles tentam evacuar os civis, mas acaba dando tudo errado...

É nesse ponto que assumimos o capitão Martin Walker. Ele é o líder do time Delta que é composto pelo tenente Alphanso Adams e o sargento John Lugo. Sua missão é ir até Dubai, verificar a situação da cidade, confirmar se Konrad está vivo e se na cidade existem sobreviventes, e ai então chamar extração. Walker já serviu em uma missão ao lado do comandante Konrad, e o toma por herói já que o mesmo salvou sua vida uma vez.
 Quando eles chegam na cidade, eles se vêem no meio de uma guerra, entre a 33rd, a CIA; que foi enviada para acabar com a 33rd já que eles são traidores do EUA, e os insurgentes; civis que decidiram agir por conta própria, sem envolvimento americano. Walker, ao invés de abandonar a cidade e reportar a situação, decide ir até o fim, acreditando que Konrad tenha as respostas, e que é nele que eles devem acreditar e apoiar. Porém, é esta decisão de Walker que faz com que tudo vá ladeira a baixo.
Eu gostaria de detalhar mais da história, mas isso seria spoiler, e iria acabar totalmente com o enredo, e esse jogo merece ser jogado e descoberto por conta própria. O que eu posso dizer é que, NADA, absolutamente NADA é o que parece, e você é forçado o jogo inteiro a fazer escolhas que irão afetar diretamente a sua visão sobre o que é uma guerra de verdade. O jogo te faz pensar e repensar as suas atitudes a toda hora, ele humaniza os personagens e te mostra como as coisas são nessas situações. E isso é excelente, porque existem tantos jogos como Call of Duty, Battlefield, Medal of Honor, em que você é um herói e mata a todos achando que está fazendo o certo. Você começa a achar normal atirar em pessoas, e começa a ficar frio nesse tipo de situação. O que Spec Ops faz é chocar o jogador, o trazer a realidade e dizer "Hey, se você acha que guerra e matar pessoas é legal, é bom você repensar sua vida por completo".
Eu até li uma entrevista com o criador do game e ele afirma que a intenção de Spec Ops era chocar o jogador e fazer ele ter nojo de toda e cada ação dos envolvidos numa guerra. A intenção era abrir a mente de muita gente, e pelo menos no meu caso, ele conseguiu.
Spec Ops é um game TPS (Third Person Shooter, ou seja, tiro em terceira pessoa), que segue o mesmo estilo de Gears of War. Cover, atira, anda, cover, atira e repete. O jogo não é tão longo, ele dura mais ou menos 8 horas. Combinando isso ao enredo envolvente, o game não se torna repetitivo, como muitos do gênero. A dificuldade é gradativa, a cada fase aparecem mais e mais inimigos, e a munição é de certa forma escassa. Se você ficar atirando muito a esmo sem acertar ninguém, tenho péssimas notícias pra você. E mesmo que você seja um exímio atirador, o jogo te força a trocar de armas constantemente. Os inimigos aparecem com armas variadas ao longo do jogo, e você precisa ficar trocando de armas pra poder ter munição suficiente para progredir.
Os sons do jogo são muito bons e a trilha sonora é excepcional. É rock o tempo todo, e é uma trilha digna de filmes hollywoodianos. Eu achei genial a sacada de colocarem a Star Spangled Banner (hino dos estados unidos) tocada por Jimi Hendrix logo de cara no jogo. Foi uma ironia ao patriotismo americano, já que no jogo o patriotismo é deixado totalmente de lado, dando lugar ao instinto de sobrevivência dos soldados. Ainda falando sobre sons, temos a dublagem, que é outra coisa excepcional. Ao longo do game, podemos perceber na voz dos personagens o cansaço, a raiva, a frustração, o ódio. É simplesmente brilhante e da uma sensação única de imersão. A melhor comparação é nas batalhas. No começo do game, enquanto estamos em um tiroteio, é comum os protagonistas falarem frases normais, com tons controlados, como "Tango down!", "cover me", "Reloading, give me backup", "target eliminated" e depois, mais pra frente, eles gritarem em tons desesperados e nervosos "Killed that son of a bitch", "Die, motherfucker", "I'm reloading goddammit, get this bastards of my ass!". É notável o estado emocional de cada um, e como eles começam a reagir as situações.
Os gráficos são muito bonitos, a cidade é espetacular mesmo estando coberta de areia e o mais interessante, é como os personagens progridem com isso. Conforme o jogo avança, os soldados começam a ficar cada vez mais e mais machucados. Adams fica manco, Walker tem parte do rosto queimado e etc. Eles tiram todo esse paradigma de soldados perfeitos que destroem exércitos e mal se arranham.
Spec Ops possui diversos finais e escolhas ao longo do game que alteram a sua visão dos acontecimentos. Isso faz com que o jogador termine mais de uma vez e veja mais de um ponto de vista sobre tudo.Mas no final, o veredito é apenas um: O que você denomina por certo, nem sempre é bom.
Junto com o game, pela primeira vez eu vou recomendar um filme, que mostra como é o estado emocional de soldados em zonas de guerra. O filme é "The Hurt Locker" (no Brasil com o nome de "Guerra ao Terror") e conta com o ator que fez o Gavião Arqueiro dos vingadores. É um bom filme que também retrata o sentimento passado por Spec Ops.
Spec Ops é um excelente game e altamente recomendado a todos. Definitivamente se tornou um dos meus games favoritos.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Guia - Como se tornar um monstro em Darksiders 2

"You are not angel nor demon. You are something from both. What are you?" -"I am DEATH!"
Ok, eu não tenho certeza se esse tipo de post vai dar certo, mas eu quis muito fazer um guia, ensinando coisas sobre games que eu gostei muito. No caso, este é sobre Darksiders 2.
Recentemente eu tenho jogado muito Ds2 (favor não confundir com Dark Souls 2) e aqui vou ensinar como deixar o seu Morte um verdadeiro monstro. Vamos lá.
Em Ds2, Morte usa suas foices características e pode usar uma arma secundária, que pode ser tanto pesada quanto leve, que seriam marretas ou punhos. Essas armas tem alguns tipos:

- Commom, que possuem o contorno branco: Essas armas são comuns, não possuem nenhum atributo e costumam ter um dano base baixo.
- Enchanted, que possuem o contorno verde: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior e geralmente possuem 1 atributo.
- Rare, que possuem o contorno azul: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior que as Enchanted e geralmente possuem 2 atributos.
- Elite, que possuem o contorno roxo: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior que as Rare e geralmente possuem 3 atributos.
- Possessed, que possuem o contorno laranja: Essas são o nosso alvo. Elas podem vir com um dano base alto ou baixo, dependendo do seu level, e elas podem vir com ou sem atributos.
- Legendary, que possuem o contorno amarelo e geralmente um fundo roxo: São conseguidos geralmente terminando quests ou matando bosses específicos. Possuem atributos específicos e geralmente são explicados a partir de um texto, o que faz com que você se confunda sobre o que a arma realmente faz.
(Lembrando que seus outros itens podem ser dos tipos descritos acima, exceto o tipo Possessed, esse serve apenas para armas)



Armas Possessed podem ser melhoradas, por isso são o nosso alvo. Elas podem ser melhoradas em cinco levels e a cada level, o dano base da arma aumenta, e ela pode adquirir um atributo, sendo o máximo 4 atributos. Para melhorar uma arma Possessed, você precisa sacrificar outros itens para ela. E ai que está o segredo: A arma Possessed vai adquirir os atributos do item que você sacrificou! Um exemplo:
- Suponhamos que você tenha uma foice Possessed e quer melhorá-la. Você sacrifica uma foice Elite de level inferior que você tenha no seu inventário. Essa foice Elite tem os atributos força, defesa e resistência, por exemplo. Quando a sua arma Possessed subir um level, uma janela aparecerá, pedindo que você escolha um atributo entre os 3 atributos da foice Elite que você sacrificou. Sacaram?

Os atributos que podem ser adquiridos em uma arma são vários, não vou descrever todos porque seria desnecessário, então vou descrever os principais, os usados e citados neste guia:

- Strenght : Aumenta a força do seu personagem, fazendo com que seu dano físico de mais dano.
- Defense : Aumenta a defesa física do seu personagem, fazendo com que ele receba menos dano físico.
- Resistance : Aumenta a defesa magica do seu personagem, fazendo com que ele receba menos dano mágico e menos dano elemental.
- Health Steal : Recupera a sua vida, de acordo com uma porcentagem, a cada ataque básico.
- Wrath Steal : Recupera a sua mana, de acordo com uma porcentagem, a cada ataque básico.
- Critical Chance : Aumenta a chance de um acerto critico, em porcentagem.
- Critical Damage : Aumenta o dano do seu acerto critico, em porcentagem.



Agora, porque você ia se preocupar com esses status? Simples: Se você tem uma build focada em dano físico, como eu, esses são os seus status principais. Caso tenha uma build focada em magias, esses atributos também são ótimos, você só precisa de alguns ajustes, trocando Strenght por Arcane, e os criticos por Arcane Critical Chance e Arcane Critical Damage.
Voltando a build física.
O ideal é o seguinte: Consiga uma foice Possessed do seu level, e tenha os atributos Health Steal, Wrath Steal, Critical Chance e Critical Damage. Com esses 4 atributos, você tem uma grande chance de cada ataque básico seu seja um critico. Com o Critical Damage, elas vão dar mais do que apenas o dobro de dano comum de um critico. O Health e Wrath Steal escalam em porcentagem, portanto, se você acertar um critico, a quantidade de vida e mana recuperados aumentam. Apenas com isso, você já se torna praticamente invencível. Mas ainda não é o suficiente...
Caso não goste muito de usar suas armas secundárias, você pode conseguir uma arma secundária Possessed e colocar os atributos de Strenght, Defense e Resistance. Dessa forma, você ganha esses atributos com a arma equipada, e você nem precisa usá-la.
Com essa build, é possível terminar todo e qualquer desafio do game, até mesmo na dificuldade mais alta. É claro, essa build é a minha preferência. Caso não se sinta confortável com ela, sinta-se livre para mudar e adaptar a sua forma de jogar.
Espero que tenham gostado. Caso eu sinta vontade farei outro guia em um futuro próximo.
Good Gaming and Keep Playing!



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Assassin's Creed - PC, PlayStation 3, Xbox 360 - 2007

"Nothing is true, everything is permitted."
O que dizer deste game, que demorei tanto pra terminar mas que sempre considerei excelente? Também, o que esperar de um game derivado do grandioso Prince of Persia? Enfim, chega de enrolação e vamos ao que interessa.
Assassin's Creed é um game de ação e aventura, com elementos de stealth. O game conta a história de Desmond Miles, um bartender que é sequestrado por uma empresa chamada Abstergo. Essa empresa tem uma máquina chamada Animus, em que ela consegue acessar a memória genética do individuo. Simplificando, ela consegue acessar a vida dos antepassados da pessoa em questão, e Desmond, por incrível que pareça, é descente dos maiores assassinos que já existiram. A Abstergo está atrás de um certo artefato, que um dia esteve nas mãos de seus antepassados, e eles precisam de Desmond para isso.
Sob custódia do Dr. Warren Vidic e da Dra. Lucy Stillman, Desmond é obrigado a entrar na Animus e reviver os passos de seu antepassado. Porém, eles não conseguem acessar a memória específica de que precisam, e para isso, Desmond precisa reviver momentos importantes da vida do antepassado para chegar no ponto que eles precisam. Assim, Desmond assume a vida de Altaïr Ibn-La'Ahad, um assassino da ordem dos assassinos durante o período da terceira cruzada, em 1191. Altair é a grande estrela do game, pois é com ele que você vai passar 98% do jogo.
Altair era o melhor assassino da ordem e por isso foi enviado em uma missão com mais 2 assassinos da ordem para recuperar o artefato das mãos dos templários, que eram os soldados da igreja, encarregados das cruzadas em si. Como Altair era o Chuck Norris da ordem, isso subiu a sua cabeça e ele achava que estava acima da ordem. Por isso, durante a missão, ele quebra as 3 regras da ordem: Nunca mate um inocente; Seja sempre discreto e; Nunca comprometa a irmandade. Altair entra no templo na companhia de Malik e Kadar, 2 irmãos assassinos da ordem. Malik desaprova cada ação de Altair, julgando-o arrogante e prepotente a cada passo dado. Já Kadar possui uma admiração absurda por Altair, devido as suas habilidades.
Dentro do templo, eles encontram Robert De Sablé, um templário importante, e Altair decide enfrentá-lo de peito aberto, ignorando as advertências de Malik. Porém, Altair é derrotado facilmente e, achando que seus irmãos já estavam mortos, ele retorna a Masyaf, onde fica a sede da ordem, para dizer ao Mestre assassino Al Mualim, de que falhou. Quando ele chega e da a noticia, Al Mualim se enfurece com Altair, mas logo em seguida, Malik chega e diz que a missão não foi um fracasso, pois ele sozinho conseguiu recuperar o artefato e escapar dos templários.
Porem, os templários seguiram Malik até Masyaf, e Altair é ordenado de que ajude a derrotar as tropas de Robert.
Assim que o confronto termina, Al Mualim diz que Altair merecia morrer por ter quebrado as regras da ordem, mas lhe da uma segunda chance, um meio de se redimir. Altair é rebaixado ao posto mais baixo entre os assassinos e agora tem a missão de matar 9 homens, que de acordo com Al Mualim, são aliados dos templários e que trazem morte e miséria a população de suas cidades. A cada templário morto, Altair conseguiria restituir seu posto maior como mestre assassino.
Terminando então o enredo básico do game, vamos para como é o jogo. O game possui 6 áreas no total, 3 sendo principais, que são Acre, Damasco e Jerusalem. As outras são Masyaf, o reino e Arsuf, uma cidade que só aparece no final do game. As 3 cidades principais são divididas em 3 distritos: o rico, o pobre, e o de classe média, por assim dizer. Quando se chega em uma cidade pela primeira vez, só um distrito estará aberto, e os outros ficarão disponíveis quando você tiver que retornar para matar outro alvo. Assim que você visitar cada cidade pelo menos uma vez, o fast travel estará disponível. Além disso, é possível andar a cavalo para se locomover de uma cidade para outra.
Para eliminar os alvos, você antes precisa fazer uma investigação sobre seu alvo. Para isso, nós temos mini missões espalhadas pela cidade, em que devemos interrogar pessoas, escutar conversas, roubar documentos ou receber informações de outros membros da ordem. Isso descreve a jogabilidade do jogo inteiro e é justamente esse um dos pontos negativos. A cada novo alvo, os mesmo objetivos são impostos, o que torna o game muito repetitivo e maçante, por mais que a cada alvo morto a história vá se tornando mais interessante, a jogabilidade maçante torna o game menos interessante a cada parte, ainda mais pela dificuldade contínua. A cada alvo morto, as cidades se tornam mais alertas, e quando você cria algum tipo de comoção entre o público, mais soldados irão aparecer. Na última cidade, você tem que enfrentar mais ou menos 15 soldados ao mesmo tempo e isso é muito, mas muito chato.
Nas cidades, além dos objetivos de investigação nós também temos objetivos secundários, como salvar civis de guardas que estão maltratando-as e também temos os viewpoints. Geralmente são lugares altos em que você pode escalar para o assassino ter uma boa visão do lugar e poder descobrir objetivos e atualizar o mapa. E para descer, vem o famoso Leap of Faith (Salto de fé). O assassino salta do ponto mais alto e cai em algum lugar macio, geralmente palha. Isso é uma das coisas mais emocionantes dos AC.
No game existem 5 tipos de armas, os próprios punhos, espada longa, espada curta, adagas de arremesso e a arma que define todo o gênero de AC: a Hidden Blade (Lâmina escondida). Ela é uma pequena faca que fica presa a um mecanismo que fica escondido no braço do assassino. É uma arma letal e muito eficiente, fácil de ser escondida. É a marca registrada do game, sem sombra de dúvida.
Os gráficos do game são simplesmente excelentes, cada paisagem é de tirar o folego. A forma como cada cidade é retratada é muito fiel a época e feita com maestria. Os sons do game são muito bons e a dublagem é boa, EXCETO a voz do Altair. Falta emoção, é uma voz de um soldado morto, não condiz com as palavras e atitudes de Altair. Eu diria que esse é o outro ponto negativo do game, sendo só este e a repetitividade das missões. As músicas do game são épicas, apesar de não aparecem direto.
Eu havia dito que AC é descendente de Prince of Persia, pois bem, AC originalmente era mais um projeto de Prince of Persia, chamado Assassins. Como o game era muito diferente da temática de Prince, eles resolveram lançar como um jogo inteiramente novo. Ótima decisão, na minha opinião.
Assassin's Creed é um excelente game, poderia ser melhor se não fosse a repetitividade, mas se você for um fã ferrenho da série como eu, isso é totalmente irrelevante. Nem é preciso dizer que o game é obrigatório para todos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Metal Gear Solid 3: Snake Eater - PS2, PS3, X360, N3DS, PSVita - 2004

"After the end of World War II, the world was split into two -- East and West
This marked the beginning of the era called the Cold War"
Preparado para uma verdadeira aula de história? Metal Gear Solid 3 se passa no ano de 1964, em plena guerra fria. Dessa vez controlamos Naked Snake, que viria a se tornar o Big Boss, o maior soldado que já existiu, e vemos como foi o começo de tudo.
Snake tem a missão de se infiltrar na União Soviética para resgatar Sokolov, um cientista russo conhecido por seus projetos com foguetes espaciais, que está envolvido em criação de armas. Snake tem ajuda da The Boss, uma mulher soldado que tem o titulo de maior soldado dos Estados Unidos, e que é a sua mentora.
Quando ele consegue resgatar Sokolov, The Boss aparece e diz que desertou para a União Soviética, junto com seu grupo The Cobras, mais precisamente para a unidade de Volgin, um comandante russo que planeja tomar o poder do país.
The Boss enfrenta Snake e o derruba de uma ponte, fazendo com que ele falhe em sua missão. Um pouco depois, Volgin atira um míssil nuclear em uma instalação próxima.
Este evento, é o determinante para toda a trama do game.
Snake é resgatado e levado para a UTI de volta aos Estados Unidos. Ele fica uma semana desacordado. Durante essa semana, o atual presidente da União Soviética, Khruschev, fica sabendo do míssil disparado na instalação e suspeita que tenha sido um golpe americano. Ele então liga diretamente para o presidente dos Estados Unidos e pede explicações sobre o ocorrido. O presidente nega qualquer envolvimento, apesar de admitir que The Boss tenha desertado para a União Soviética e tenha roubado o míssil nuclear que fora utilizado. Khruschev não acredita no Presidente americano e demanda que ele mesmo limpe a bagunça que fez. Ele demanda que, os EUA se livre da The Boss, de Volgin e de qualquer arma que ele esteja produzindo, como uma prova de que eles não fizeram o ataque e assim evitar que a guerra fria se torne uma guerra nuclear.
Com isso, assim que Snake sai da UTI, ele é mandado de novo para a União Soviética, dessa vez com a missão de resgatar Sokolov, destruir a arma de Volgin que está em produção e por fim, matar The Boss, sua mentora, aquela que ele passou a vida inteira convivendo.
A carga emocional da história de MGS3 é muito grande, e a trama é tão profunda, que para entendê-la completamente é preciso jogar e rejogar o game várias vezes. Eu terminei o game mais de seis vezes, e cada vez que eu jogo descubro mais coisas.
O game é perfeitamente arquitetado entre eventos históricos reais, como a corrida espacial e a guerra de poder da época.
O numero de easter eggs presentes no game também é incontável. Eu nem preciso dizer que não achei todos. Alguns eu só achei nessa ultima vez que joguei, e ainda tem muitos mais. Alguns easter eggs são os mais interessantes, como a conversa com Granin, em que ele mostra alguns sketchs do modelo Ray do Metal Gear.
Agora a jogabilidade, bom, temos bastante aspectos a destacar. O game se passa na selva, portanto, Snake tem que sobreviver sendo o mais furtivo possível. Para isso, nós temos as camuflagens. Cada camuflagem é ideal para cada tipo de ambiente. Existem camuflagens para serem usadas a noite, em selvas densas, durante a chuva, em ambientes urbanos, na água e por ai vai. É preciso estar atento ao index de camuflagem. Quanto maior, menos o inimigo consegue te ver. Isso não te impede de ser visto caso você ande despreocupado feito um imbecil no meio da selva. É preciso ter paciência, ver os movimentos inimigos, andar devagar, agir com estratégia. É possível jogar e terminar o game soando todos os alarmes e matando todo mundo mas isso acaba com a graça do game.
Além das camuflagens, Snake precisa comer para se manter vivo. Ele possui uma barra de stamina que cai ao longo do tempo. Caso sua stamina fique baixa, Snake ficará mais propenso a se machucar, ficará lento e sua mira será muito prejudicada. Para encher a barra, você precisa caçar animais para se alimentar na selva. Ironicamente, o que Snake mais gosta de comer são cobras.
O sistema de combate corpo-a-corpo foi aprimorado. Agora, várias ações podem ser feitas a partir do CQC (Close Quarter Combat, traduzindo, Combate a curta distância) uma técnica que Snake e The Boss desenvolveram juntos. É possível agarrar os oponentes, cortar sua garganta, usá-los como escudo humano, derrubá-los e até interrogá-los. O que nos games anteriores eram apenas 2 socos e 1 chute, se tornou um sistema perfeito para enfrentar os inimigos a curta distância. Em relação ao resto, pouco o game mudou, mantendo a mesma câmera, mesma forma de andar, agachar, atirar e etc.
Os gráficos do game, bom, o que dizer de um game de 2004 que poucos jogos atuais conseguem ultrapassar. A ambientação na selva é simplesmente surreal. A vegetação, a água, o solo, é simplesmente tudo perfeito e muito bem ambientado. Os sons, cara, os sons. Você anda pela selva e consegue ouvir o som de pássaros, insetos, o balançar da vegetação, os animais. É uma atmosfera simplesmente perfeita. O som das armas, das explosões, dos soldados, de tudo, foi feito com uma maestria absurda.
Metal Gear 3 possui mais três versões lançadas: Uma se chama Subsistence e foi lançada um ano depois. Ela contém um modo online inédito na série, uma nova câmera totalmente em 3D, que facilita muito o game (Jogar com a câmera antiga é muito mais difícil e desafiador, faz o jogador depender da visão em primeira pessoa e de alguns acessórios para conseguir passar sem soar o alarme. Eu joguei a versão nova e achei o game infinitamente mais fácil, e me atrevo a dizer que até perdeu um pouco da graça) e contem também versões dos primeiros Metal Gear lançados para MSX. Outra versão é a HD Collection, que foi lançada para Xbox 360 e PS3 junto com o Peace Walker e o MGS 2. A última versão é o Metal Gear Solid 3DS, que como o nome indica, é para o Nintendo 3DS. Eu joguei a versão demo e ela tem algumas mudanças interessantes na jogabilidade, como a possibilidade de utilizar a câmera antiga, a câmera nova e a câmera utilizada no Peace Walker, em que ela se posiciona atrás do Snake, fazendo o game virar um TPS (Third Person Shooter, traduzindo, game de tiro em terceira pessoa).
Metal Gear Solid 3 é um game simplesmente perfeito. Não existe adjetivo que encaixe melhor do que perfeito. Uma experiência obrigatória para qualquer pessoa que se denomine gamer.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Crisis Core: Final Fantasy VII - PSP - 2007

"When the war of the beasts brings about the world's end
The goddess descends from the sky
Wings of light and dark spread afar
She guides us to bliss, her gift everlasting"
Como Final Fantasy VII é um game grandioso, muitos fãs pediam mais e mais dele. Com isso, a Square presenteou o mundo com mais um jogo dessa bela franquia. Crisis Core conta a história de Zack Fair, Soldier 1st class e o verdadeiro herói da saga, e eu vou contar o porque.
Zack é um jovem que deseja ser um herói. Para isso, ele se torna um SOLDIER, a força de elite da empresa Shinra. Os eventos de Crisis Core se passam 7 anos antes da história do Final Fantasy VII.
Ao decorrer do game, Sephiroth é mostrado como realmente era. Por mais difícil que seja de acreditar, Sephiroth era um cara legal, com senso de humor e que ajudava os outros. E tinha amigos! Para ser mais preciso, Genesis e Angeal. Cada um tem uma personalidade muito distinta. Genesis é mais do tipo que tem complexo de Deus, e da na cara desde o começo que vai ser trabalhoso ao longo do game.
Ele fica repetindo estrofes da sua peça favorita, LOVELESS, o tempo inteiro. Angeal é calmo, sereno e tem aquela postura de guerreiro honrado. Cloud também é mostrado no game, e é mostrado de uma forma que da pena! Sim, da pena de ver o quanto Cloud era fraco e sem estima. Tudo o que Cloud se tornou, foi por causa de Zack. O modo que Cloud é em FFVII é como se ele estivesse vivendo como Zack. Por isso Zack é o verdadeiro herói. Cloud consegue superá-lo sim, mas tudo o que ele é, se deve ao Zack.
O game tem varias e varias voltas e reviravoltas na história, chega a ficar muito redundante e forçada em algumas partes, mas nada que comprometa a qualidade. É compreensível a dificuldade de fazer um game que vem antes cronologicamente e conseguir encaixar personagens e acontecimentos com 10 anos de diferença entre um game e outro.
Os gráficos do game são muito bonitos para a capacidade do PSP. Os cenários são bem limitados, bem fechados, porém, são muitos. O game tem uma variedade extensa de cenários já conhecidos de FFVII. O que realmente entra em destaque são as cenas em CG, pois são magníficas. A Square nunca peca nisso. A trilha sonora do game é excelente também, é outra trilha que eu fiz questão de ter. Destaque para as musicas de batalha, que são em sua maioria de rock pesado com partes eletrônicas.
O game é de ação com RPG, no estilo Kingdom Hearts. As matérias estão presentes, assim como os itens. Alem das magias, temos também as habilidades, que podem ser usadas a partir de matérias amarelas. Essas matérias não consumem MP, mas sim AP, uma terceira barra que foi introduzida no game. Zack só pode trocar matérias e acessórios. Não é possível mudar de arma, pois isso muda apenas na história.
Além da campanha principal, é possível fazer uma infinidade de missões a partir do menu do jogo. As missões são simples: Mate tudo que se move. São simples e rápidas de fazer e são muito, mas MUITO enjoativas. Infelizmente, elas são o melhor meio de aumentar seu nível no jogo, conseguir matérias e equipamentos. Não é necessário fazer todas, eu mesmo terminei o game completando 11% das missões. Mas caso queira 100%, é bom que tenha paciência sobrando. O game em si não é muito difícil, nada que um pouco de paciência em algumas batalhas para se curar na hora certa e soltar os melhores ataques não resolvam.
O game utiliza um sistema chamado de DMW (Digital Mind Wave) que funciona como uma maquina de cassino. Existem 3 fotos, que vão rolando entre os personagens que Zack conhece. Quando as 3 fotos caem do mesmo personagem, Zack utiliza uma espécie de Limit Break que tem a ver com aquele personagem. Exemplo: Caso você tire Sephiroth, Zack vai utilizar um golpe característico dele. Caso tire Aeris (Aerith é o escambau Square, não mudem o nome da personagem) você se cura e fica invencível durante um breve tempo, remetendo ao limit break 4 dela em FFVII. Junto com a fotos dos personagens, números também são escolhidos aleatoriamente, cada um com um resultado diferente. Caso saiam três números 7, Zack sobe de level. Caso sejam 2 iguais, alguma de suas matérias sobre de nivel, e assim por diante.
Falando em matérias, o game conta com um sistema de fusão de matérias. Você pode combinar várias matérias para conseguir outras. O game também conta com summons, porém, estes não funcionam como matérias normais. Quando um summon é adquirido, ele é adicionado ao DMW e para ser usado, ele tem que, aleatoriamente, cair as 3 fotos do summon. É frustrante, pois os summons demoram muito mais para cair no DMW do que personagens normais como Sephiroth e Aeris.
O jogo é totalmente linear, e em cada fase existe um minigame característico entre as fases. Por exemplo, em uma missão você tem que destruir bombas para evitar que elas atinjam um vilarejo, em outra você tem que usar um rifle sniper para abater máquinas da Shinra e assim por diante. Eles não alteram nada na história, mas são ótimos para desfocar um pouco do game, lembram bastante os minigames da Gold Saucer.
Crisis Core é um excelente game, tem seus pontos negativos, mas nada que estrague a grandesa da saga de Final Fantasy VII. Para quem é fã, com certeza é uma experiência obrigatória.

sábado, 16 de novembro de 2013

Darksiders 2 - PC, PlayStation 3 e Xbox 360 - 2012

"My brother, War, stands falsely accused of unleashing armageddon upon the human race. His fate concerns me. Yours...does not."
Confesso que demorei muito pra terminar Darksiders 2, sendo que eu o comecei assim que terminei o primeiro. Também confesso que não sei o porque ter demorado tanto pra terminar o game, sendo que ele é ainda mais magnífico que o primeiro.
Assim como o primeiro, Darksiders 2 é um game de aventura/hack'n'slash que agora não possui só elementos de RPG, mas como um sistema inteiro, com habilidades e equipamentos. Desta vez, você controla Death (Morte), irmão de War e outro dos cavaleiros. Após War ser declarado culpado pelo apocalipse adiantado, Death busca uma forma de inocentar seu irmão. Ele busca uma forma de ressuscitar a humanidade, para assim inocentar War e achar os verdadeiros culpados. Death parte para o véu congelado, onde la ele espera encontrar o Crowfather, mais conhecido como Keeper of Secrets (o guardião dos segredos). 
Death sabe que ele é a única pessoa com conhecimento sobre o que ele precisa. Chegando la, Crowfather esta muito perturbado pelas inúmeras vozes que falam em sua cabeça. Death pede a sua resposta, e Crowfather o diz que o único meio de trazer a humanidade de volta é pela arvore da vida. Antes que Death pudesse entrar no portal, Crowfather diz que ele precisa primeiro fazer uma coisa por ele, que é destruir a sua lanterna, que contém as almas da raça de Death, os Nephilim. 
Death diz que o acordo é que Crowfather guardasse as almas por ele, mas ele ja não suporta mais as vozes ecoando em sua cabeça. Por causa desse desentendimento, Death enfrenta e mata Crowfather.O que ele não esperava, é que a lanterna se quebrasse e seus fragmentos fossem parar no peito de Death. Com isso, ele fica desacordado, e é mandado para Forge Lands, um planeta onde vivem os makers, uma raça que cria vida em todo seu planeta, e é nele que a arvore da vida esta localizada. 

O planeta está morrendo, por causa da corrupção que está destruindo tudo. Death precisa primeiro ajudar o planeta para conseguir chegar a arvore da vida, onde está o poço das almas e assim salvar seu irmão.
O game é extenso, e a história perde bastante o foco. Por diversas vezes, você vai fazer inúmeras quests que não adicionam nada a história. O rumo da história também muda, ela começa com Death tentando salvar seu irmão, mas que acaba por mostrar mais de seu passado. Embora, todavia, entretanto, isso não interfere na qualidade do game, apenas o enriquece com mais detalhes sobre os cavaleiros.

Os gráficos do game...cara...eles conseguem ser ainda mais belos que os do primeiro game. Os cenários são enormes e totalmente detalhados. Gostaria de destacar principalmente Forge Lands e Lostlight, que são lugares belíssimos. Os sons do game também são excelentes e a trilha sonora eu fiz questão de ter, de tão espetacular. Sabe aquela trilha, dos melhores filmes e jogos? A de Darksiders 2 não fica pra trás em nenhum segundo.
A jogabilidade permaneceu quase a mesma do 1. Muitas coisas foram alteradas, como o fato que Death é muito mais habilidoso e ágil que War. Em Darksiders 2, Death não fica preso a apenas a uma arma primária e 2 secundárias como War. Ele possui sua arma principal, as foices duplas e uma arma secundária, que podem ser de 2 tipos, cada tipo com 4 variações: Armas pesadas, sendo: machado, martelo, glaive (um tipo de lança) e mace (especie de porrete) e as armas leves, que podem ser: garras, manoplas, armblades (braceletes com garras laterais) e punhos. Cada uma dessas variações tem combos e animações diferentes, além que, as armas podem ser de tipos diferentes, e podem ter status de fogo ou gelo que mudam as animações de ataque. A variedade de armas é absolutamente absurda, fora as armas lendárias, que são conseguidas através de boss secretos ou quests secundárias.
Alem de armas, Death também conta com habilidades, que estão divididas em duas arvores de habilidades. A cada level, você consegue um ponto de skill, para usar em qualquer habilidade. A arvore da direita, é a arvore do invocador. Com ela, você pode invocar zumbis, corvos e ter magias de defesa. Já na arvore da esquerda, você tem a arvore do lutador. Nela você terá habilidades de ataque, combos e magias que aumentam seu dano.

Assim como em todo bom RPG, além das armas, você tambem pode equipar diversas peças de armadura em Death. E, diferente do 1, CADA peça que você trocar, mudará a aparência de Death. Assim você sabe exatamente o que equipou, e cada armadura é melhor do que a outra. Igualmente as armas, as armaduras tambem possuem tipos: As armaduras pesadas, que te proporcionam defesa, e os mantos, que te proporcionam resistência mágica. Saiba combinar seus equipamentos, para não ficar muito forte em uma coisa e deficiente na outra. Existem várias dungeons durante o jogo que demandam determinado tipo de armadura. Esteja atento ao tipo de dano que está levando, você pode acabar morrendo de 2 a 3 ataques mágicos se não tiver resistência.
Desta vez, você adquire itens em báus e comprando com vários NPC's durante o jogo. Não existem mais almas para serem usadas como moeda, agora você usa ouro mesmo. Vulgrim retorna neste game, mas ele só esta por estar, não faz tanto impacto no game. Outro personagem que faz uma pequena aparição é Uriel. O fast travel não é mais pelo Vulgrim, mas sim pelo próprio mapa do game, que alias, é enorme. São 4 mapas ao todo, tornando o game bem extenso e um prato cheio para aqueles que adoram explorar tudo e fazer 100% de um game. A duração do game é bem maior que o do anterior, um pouco mais que o dobro. Eu terminei o game com 22 horas, e isso que eu fiz bem poucas sidequests. Detalhe: eu não joguei nenhuma DLC de Darksiders 2, então obviamente o game tem muito mais vida do que isso. 
O nivel de dificuldade é praticamente o mesmo do primeiro game, com algumas exceções em certos monstros e dungeons. Especialmente alguns demônios perto do final do game, basta apenas algumas bolas de fogo e você está morto. Mas nada que uns bons equipamentos não resolvam, basta ter um pouco de sorte e fazer boa parte das sidequests.
Nem é preciso dizer que esse jogo é extremamente recomendado não é? Depois de tantos elogios que eu dei ao Darksiders 1, era certeza que ia vir um excelente game no 2.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

The Silent Age - Android e iOS - 2013



É estranho, nunca imaginei que faria um post de jogos de celulares e tablets, mas esse jogo é tão bom, que mereceu estar aqui. Tenho que agradecer a minha namorada por te-lo achado, pois se não fosse ela, nunca teria visto esse game.
The Silent Age é um game em 2D point-and-click de puzzle, onde você controla um humilde zelador que trabalha em uma grande empresa até que um dia, ele encontra com um viajante do tempo que diz a ele que precisa salvar o mundo do apocalipse. Para vocês terem uma ideia melhor sobre o jogo, eu vou traduzir a sinopse da história que está em inglês no site oficial:
"É 1972. O amor é livre. Chinelos, couro inglês e bandanas são o topo da moda. Enquanto isso, a guerra fria esta mais do que morna e uma guerra real está ocorrendo no exterior. Movimentos estão acontecendo. Ambientalistas, o movimento libertário feminino, e nas pistas de dança um tipo totalmente diferente de movimento está ultrapassando os clubes underground. Os ventos da mudança certamente estão soprando sobre o país.
Em algum lugar da grande cidade, em um alto, sem rosto prédio do governo, alguém deixou uma janela aberta. Tudo o que os ventos da mudança estão soprando são folhas no chão que Joe acabou de limpar. Eles já está aqui a 2 anos. Trabalhando em um emprego sem saída, se certificando que o edifício é tão impecável quanto os ternos daqueles que andam pelos corredores. Tem sido assim há anos, passando de um trabalho devorador para o próximo.
Nosso protagonista é Joe em mais do que apenas o nome. Ele é literalmente Joe Mais ou Menos. Altura mais ou menos, peso mais ou menos, QI mais ou menos. Na verdade, a única coisa remotamente notável sobre ele é exatamente o quanto ele está de acordo com a mediana do homem comum hipotético, e até este ponto, a vida de Joe não foi exatamente material biográfico. Isso está prestes a mudar.
Certa manhã, enquanto cuidava do piso, Joe é subitamente confrontado por um homem misterioso que está morrendo, que aparentemente apareceu do nada. O homem avisa que um evento terrível está prestes a acontecer e pede a ele para salvar a humanidade. Quando o homem respira seu último suspiro, ele entrega a Joe um dispositivo de viagem no tempo portátil para ajudá-lo em sua busca.
Não demora muito até que Joe ative o dispositivo e seja confrontado pela verdade. O homem misterioso estava certo: 40 anos no futuro a humanidade tornou-se extinta. Preso entre um futuro desolado e um presente, onde ele é largamente ignorado, cabe agora ao nosso herói acidental descobrir o que aconteceu e como prevenir, a fim de salvar a humanidade."
O que mais me chamou atenção neste game, é a incrível semelhança com os antigos Resident Evil e demais jogos de Survival Horror da década de 90. Lembra quando você precisava ir até do outro lado do mapa, apenas para achar a chave da porta que estava do seu lado? É exatamente isso do que o jogo se trata. Você obtém itens ao longo do jogo, e qualquer item pode ser usado para se passar as fases. Cordas, chaves, papéis, lenço, isqueiro. Você tem que ficar atento ao cenário para achar os itens e descobrir o que é preciso para avançar de fase. Infelizmente o game está em inglês, então pra quem não manja, pode demorar um pouco para terminar o game e nem vai entender os diálogos, que apesar de poucos, dizem muito da personalidade de Joe.
Os gráficos do game são simples, porém, todos os cenários contem o futuro e o presente, e é possível ver claramente a mudança neles, entre o mundo atual e o mundo apocalíptico. Os sons do game são ótimos, parecem uma trilha sonora de filmes, com sons que te deixam mais ansioso por descobrir o que vem depois. O jogo não possui vozes, apenas textos com os diálogos dos personagens e dos pensamentos do Joe, portanto, saber Inglês é essencial para conseguir aproveitar o jogo ao máximo.
Você tem que usar o dispositivo da máquina do tempo para alternar entre o futuro e o presente para conseguir resolver os puzzles. Na maioria das vezes, uma porta que você precisa abrir no presente, você só vai encontrar o item certo no futuro e vice-versa.
Infelizmente, entre tantos pontos positivos, o game tem um ponto negativo: ele é extremamente curto, por se tratar de um jogo indie. A produtora está planejando o segundo capitulo, e está pedindo doações para que ele seja terminado. Eu espero que eles consigam o dinheiro e façam a parte 2, pois eu fiquei muito curioso pra saber como termina a história. Para quem quiser saber mais sobre o game, aqui está o link do site oficial: http://thesilentage.com/blog/episode-two/
Apesar de simples, o game traz uma nostalgia boa por causa do estilo do game e tem uma jogabilidade excelente. Extremamente recomendado.