quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Crisis Core: Final Fantasy VII - PSP - 2007

"When the war of the beasts brings about the world's end
The goddess descends from the sky
Wings of light and dark spread afar
She guides us to bliss, her gift everlasting"
Como Final Fantasy VII é um game grandioso, muitos fãs pediam mais e mais dele. Com isso, a Square presenteou o mundo com mais um jogo dessa bela franquia. Crisis Core conta a história de Zack Fair, Soldier 1st class e o verdadeiro herói da saga, e eu vou contar o porque.
Zack é um jovem que deseja ser um herói. Para isso, ele se torna um SOLDIER, a força de elite da empresa Shinra. Os eventos de Crisis Core se passam 7 anos antes da história do Final Fantasy VII.
Ao decorrer do game, Sephiroth é mostrado como realmente era. Por mais difícil que seja de acreditar, Sephiroth era um cara legal, com senso de humor e que ajudava os outros. E tinha amigos! Para ser mais preciso, Genesis e Angeal. Cada um tem uma personalidade muito distinta. Genesis é mais do tipo que tem complexo de Deus, e da na cara desde o começo que vai ser trabalhoso ao longo do game.
Ele fica repetindo estrofes da sua peça favorita, LOVELESS, o tempo inteiro. Angeal é calmo, sereno e tem aquela postura de guerreiro honrado. Cloud também é mostrado no game, e é mostrado de uma forma que da pena! Sim, da pena de ver o quanto Cloud era fraco e sem estima. Tudo o que Cloud se tornou, foi por causa de Zack. O modo que Cloud é em FFVII é como se ele estivesse vivendo como Zack. Por isso Zack é o verdadeiro herói. Cloud consegue superá-lo sim, mas tudo o que ele é, se deve ao Zack.
O game tem varias e varias voltas e reviravoltas na história, chega a ficar muito redundante e forçada em algumas partes, mas nada que comprometa a qualidade. É compreensível a dificuldade de fazer um game que vem antes cronologicamente e conseguir encaixar personagens e acontecimentos com 10 anos de diferença entre um game e outro.
Os gráficos do game são muito bonitos para a capacidade do PSP. Os cenários são bem limitados, bem fechados, porém, são muitos. O game tem uma variedade extensa de cenários já conhecidos de FFVII. O que realmente entra em destaque são as cenas em CG, pois são magníficas. A Square nunca peca nisso. A trilha sonora do game é excelente também, é outra trilha que eu fiz questão de ter. Destaque para as musicas de batalha, que são em sua maioria de rock pesado com partes eletrônicas.
O game é de ação com RPG, no estilo Kingdom Hearts. As matérias estão presentes, assim como os itens. Alem das magias, temos também as habilidades, que podem ser usadas a partir de matérias amarelas. Essas matérias não consumem MP, mas sim AP, uma terceira barra que foi introduzida no game. Zack só pode trocar matérias e acessórios. Não é possível mudar de arma, pois isso muda apenas na história.
Além da campanha principal, é possível fazer uma infinidade de missões a partir do menu do jogo. As missões são simples: Mate tudo que se move. São simples e rápidas de fazer e são muito, mas MUITO enjoativas. Infelizmente, elas são o melhor meio de aumentar seu nível no jogo, conseguir matérias e equipamentos. Não é necessário fazer todas, eu mesmo terminei o game completando 11% das missões. Mas caso queira 100%, é bom que tenha paciência sobrando. O game em si não é muito difícil, nada que um pouco de paciência em algumas batalhas para se curar na hora certa e soltar os melhores ataques não resolvam.
O game utiliza um sistema chamado de DMW (Digital Mind Wave) que funciona como uma maquina de cassino. Existem 3 fotos, que vão rolando entre os personagens que Zack conhece. Quando as 3 fotos caem do mesmo personagem, Zack utiliza uma espécie de Limit Break que tem a ver com aquele personagem. Exemplo: Caso você tire Sephiroth, Zack vai utilizar um golpe característico dele. Caso tire Aeris (Aerith é o escambau Square, não mudem o nome da personagem) você se cura e fica invencível durante um breve tempo, remetendo ao limit break 4 dela em FFVII. Junto com a fotos dos personagens, números também são escolhidos aleatoriamente, cada um com um resultado diferente. Caso saiam três números 7, Zack sobe de level. Caso sejam 2 iguais, alguma de suas matérias sobre de nivel, e assim por diante.
Falando em matérias, o game conta com um sistema de fusão de matérias. Você pode combinar várias matérias para conseguir outras. O game também conta com summons, porém, estes não funcionam como matérias normais. Quando um summon é adquirido, ele é adicionado ao DMW e para ser usado, ele tem que, aleatoriamente, cair as 3 fotos do summon. É frustrante, pois os summons demoram muito mais para cair no DMW do que personagens normais como Sephiroth e Aeris.
O jogo é totalmente linear, e em cada fase existe um minigame característico entre as fases. Por exemplo, em uma missão você tem que destruir bombas para evitar que elas atinjam um vilarejo, em outra você tem que usar um rifle sniper para abater máquinas da Shinra e assim por diante. Eles não alteram nada na história, mas são ótimos para desfocar um pouco do game, lembram bastante os minigames da Gold Saucer.
Crisis Core é um excelente game, tem seus pontos negativos, mas nada que estrague a grandesa da saga de Final Fantasy VII. Para quem é fã, com certeza é uma experiência obrigatória.

sábado, 16 de novembro de 2013

Darksiders 2 - PC, PlayStation 3 e Xbox 360 - 2012

"My brother, War, stands falsely accused of unleashing armageddon upon the human race. His fate concerns me. Yours...does not."
Confesso que demorei muito pra terminar Darksiders 2, sendo que eu o comecei assim que terminei o primeiro. Também confesso que não sei o porque ter demorado tanto pra terminar o game, sendo que ele é ainda mais magnífico que o primeiro.
Assim como o primeiro, Darksiders 2 é um game de aventura/hack'n'slash que agora não possui só elementos de RPG, mas como um sistema inteiro, com habilidades e equipamentos. Desta vez, você controla Death (Morte), irmão de War e outro dos cavaleiros. Após War ser declarado culpado pelo apocalipse adiantado, Death busca uma forma de inocentar seu irmão. Ele busca uma forma de ressuscitar a humanidade, para assim inocentar War e achar os verdadeiros culpados. Death parte para o véu congelado, onde la ele espera encontrar o Crowfather, mais conhecido como Keeper of Secrets (o guardião dos segredos). 
Death sabe que ele é a única pessoa com conhecimento sobre o que ele precisa. Chegando la, Crowfather esta muito perturbado pelas inúmeras vozes que falam em sua cabeça. Death pede a sua resposta, e Crowfather o diz que o único meio de trazer a humanidade de volta é pela arvore da vida. Antes que Death pudesse entrar no portal, Crowfather diz que ele precisa primeiro fazer uma coisa por ele, que é destruir a sua lanterna, que contém as almas da raça de Death, os Nephilim. 
Death diz que o acordo é que Crowfather guardasse as almas por ele, mas ele ja não suporta mais as vozes ecoando em sua cabeça. Por causa desse desentendimento, Death enfrenta e mata Crowfather.O que ele não esperava, é que a lanterna se quebrasse e seus fragmentos fossem parar no peito de Death. Com isso, ele fica desacordado, e é mandado para Forge Lands, um planeta onde vivem os makers, uma raça que cria vida em todo seu planeta, e é nele que a arvore da vida esta localizada. 

O planeta está morrendo, por causa da corrupção que está destruindo tudo. Death precisa primeiro ajudar o planeta para conseguir chegar a arvore da vida, onde está o poço das almas e assim salvar seu irmão.
O game é extenso, e a história perde bastante o foco. Por diversas vezes, você vai fazer inúmeras quests que não adicionam nada a história. O rumo da história também muda, ela começa com Death tentando salvar seu irmão, mas que acaba por mostrar mais de seu passado. Embora, todavia, entretanto, isso não interfere na qualidade do game, apenas o enriquece com mais detalhes sobre os cavaleiros.

Os gráficos do game...cara...eles conseguem ser ainda mais belos que os do primeiro game. Os cenários são enormes e totalmente detalhados. Gostaria de destacar principalmente Forge Lands e Lostlight, que são lugares belíssimos. Os sons do game também são excelentes e a trilha sonora eu fiz questão de ter, de tão espetacular. Sabe aquela trilha, dos melhores filmes e jogos? A de Darksiders 2 não fica pra trás em nenhum segundo.
A jogabilidade permaneceu quase a mesma do 1. Muitas coisas foram alteradas, como o fato que Death é muito mais habilidoso e ágil que War. Em Darksiders 2, Death não fica preso a apenas a uma arma primária e 2 secundárias como War. Ele possui sua arma principal, as foices duplas e uma arma secundária, que podem ser de 2 tipos, cada tipo com 4 variações: Armas pesadas, sendo: machado, martelo, glaive (um tipo de lança) e mace (especie de porrete) e as armas leves, que podem ser: garras, manoplas, armblades (braceletes com garras laterais) e punhos. Cada uma dessas variações tem combos e animações diferentes, além que, as armas podem ser de tipos diferentes, e podem ter status de fogo ou gelo que mudam as animações de ataque. A variedade de armas é absolutamente absurda, fora as armas lendárias, que são conseguidas através de boss secretos ou quests secundárias.
Alem de armas, Death também conta com habilidades, que estão divididas em duas arvores de habilidades. A cada level, você consegue um ponto de skill, para usar em qualquer habilidade. A arvore da direita, é a arvore do invocador. Com ela, você pode invocar zumbis, corvos e ter magias de defesa. Já na arvore da esquerda, você tem a arvore do lutador. Nela você terá habilidades de ataque, combos e magias que aumentam seu dano.

Assim como em todo bom RPG, além das armas, você tambem pode equipar diversas peças de armadura em Death. E, diferente do 1, CADA peça que você trocar, mudará a aparência de Death. Assim você sabe exatamente o que equipou, e cada armadura é melhor do que a outra. Igualmente as armas, as armaduras tambem possuem tipos: As armaduras pesadas, que te proporcionam defesa, e os mantos, que te proporcionam resistência mágica. Saiba combinar seus equipamentos, para não ficar muito forte em uma coisa e deficiente na outra. Existem várias dungeons durante o jogo que demandam determinado tipo de armadura. Esteja atento ao tipo de dano que está levando, você pode acabar morrendo de 2 a 3 ataques mágicos se não tiver resistência.
Desta vez, você adquire itens em báus e comprando com vários NPC's durante o jogo. Não existem mais almas para serem usadas como moeda, agora você usa ouro mesmo. Vulgrim retorna neste game, mas ele só esta por estar, não faz tanto impacto no game. Outro personagem que faz uma pequena aparição é Uriel. O fast travel não é mais pelo Vulgrim, mas sim pelo próprio mapa do game, que alias, é enorme. São 4 mapas ao todo, tornando o game bem extenso e um prato cheio para aqueles que adoram explorar tudo e fazer 100% de um game. A duração do game é bem maior que o do anterior, um pouco mais que o dobro. Eu terminei o game com 22 horas, e isso que eu fiz bem poucas sidequests. Detalhe: eu não joguei nenhuma DLC de Darksiders 2, então obviamente o game tem muito mais vida do que isso. 
O nivel de dificuldade é praticamente o mesmo do primeiro game, com algumas exceções em certos monstros e dungeons. Especialmente alguns demônios perto do final do game, basta apenas algumas bolas de fogo e você está morto. Mas nada que uns bons equipamentos não resolvam, basta ter um pouco de sorte e fazer boa parte das sidequests.
Nem é preciso dizer que esse jogo é extremamente recomendado não é? Depois de tantos elogios que eu dei ao Darksiders 1, era certeza que ia vir um excelente game no 2.