quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Spec Ops: The Line - PC, PS3, Xbox 360 - 2012

"It takes a strong man, to deny what is in front of him"
Eu não sou fã de jogos de guerra, nem jogo muitos, mas este me chamou a atenção por conta da história, e meu Deus, que história!
O game se passa em Dubai, umas das maiores e mais ricas cidades do mundo. Por se localizar em uma região desértica, tempestades de areia começam a afetar a cidade.
Muitos acham que é uma coisa passageira, mas as tempestades começam a se intensificar e logo Dubai perde comunicação com o resto do mundo. O batalhão "Damned 33rd" (Trigésimo terceiro batalhão condenado) estava em uma missão no Afeganistão e se voluntariou a ir até Dubai e ajudar na evacuação da cidade. Suas ordens, porém, eram de abandonar a cidade a sua sorte. O comandante John Konrad se recusa, e com a sua unidade, desertam do EUA e ficam na cidade para ajudar. É óbvio que neste ponto já está tudo um caos, então a 33rd é obrigada a tomar a cidade a força e impor uma lei marcial. Eles tentam evacuar os civis, mas acaba dando tudo errado...

É nesse ponto que assumimos o capitão Martin Walker. Ele é o líder do time Delta que é composto pelo tenente Alphanso Adams e o sargento John Lugo. Sua missão é ir até Dubai, verificar a situação da cidade, confirmar se Konrad está vivo e se na cidade existem sobreviventes, e ai então chamar extração. Walker já serviu em uma missão ao lado do comandante Konrad, e o toma por herói já que o mesmo salvou sua vida uma vez.
 Quando eles chegam na cidade, eles se vêem no meio de uma guerra, entre a 33rd, a CIA; que foi enviada para acabar com a 33rd já que eles são traidores do EUA, e os insurgentes; civis que decidiram agir por conta própria, sem envolvimento americano. Walker, ao invés de abandonar a cidade e reportar a situação, decide ir até o fim, acreditando que Konrad tenha as respostas, e que é nele que eles devem acreditar e apoiar. Porém, é esta decisão de Walker que faz com que tudo vá ladeira a baixo.
Eu gostaria de detalhar mais da história, mas isso seria spoiler, e iria acabar totalmente com o enredo, e esse jogo merece ser jogado e descoberto por conta própria. O que eu posso dizer é que, NADA, absolutamente NADA é o que parece, e você é forçado o jogo inteiro a fazer escolhas que irão afetar diretamente a sua visão sobre o que é uma guerra de verdade. O jogo te faz pensar e repensar as suas atitudes a toda hora, ele humaniza os personagens e te mostra como as coisas são nessas situações. E isso é excelente, porque existem tantos jogos como Call of Duty, Battlefield, Medal of Honor, em que você é um herói e mata a todos achando que está fazendo o certo. Você começa a achar normal atirar em pessoas, e começa a ficar frio nesse tipo de situação. O que Spec Ops faz é chocar o jogador, o trazer a realidade e dizer "Hey, se você acha que guerra e matar pessoas é legal, é bom você repensar sua vida por completo".
Eu até li uma entrevista com o criador do game e ele afirma que a intenção de Spec Ops era chocar o jogador e fazer ele ter nojo de toda e cada ação dos envolvidos numa guerra. A intenção era abrir a mente de muita gente, e pelo menos no meu caso, ele conseguiu.
Spec Ops é um game TPS (Third Person Shooter, ou seja, tiro em terceira pessoa), que segue o mesmo estilo de Gears of War. Cover, atira, anda, cover, atira e repete. O jogo não é tão longo, ele dura mais ou menos 8 horas. Combinando isso ao enredo envolvente, o game não se torna repetitivo, como muitos do gênero. A dificuldade é gradativa, a cada fase aparecem mais e mais inimigos, e a munição é de certa forma escassa. Se você ficar atirando muito a esmo sem acertar ninguém, tenho péssimas notícias pra você. E mesmo que você seja um exímio atirador, o jogo te força a trocar de armas constantemente. Os inimigos aparecem com armas variadas ao longo do jogo, e você precisa ficar trocando de armas pra poder ter munição suficiente para progredir.
Os sons do jogo são muito bons e a trilha sonora é excepcional. É rock o tempo todo, e é uma trilha digna de filmes hollywoodianos. Eu achei genial a sacada de colocarem a Star Spangled Banner (hino dos estados unidos) tocada por Jimi Hendrix logo de cara no jogo. Foi uma ironia ao patriotismo americano, já que no jogo o patriotismo é deixado totalmente de lado, dando lugar ao instinto de sobrevivência dos soldados. Ainda falando sobre sons, temos a dublagem, que é outra coisa excepcional. Ao longo do game, podemos perceber na voz dos personagens o cansaço, a raiva, a frustração, o ódio. É simplesmente brilhante e da uma sensação única de imersão. A melhor comparação é nas batalhas. No começo do game, enquanto estamos em um tiroteio, é comum os protagonistas falarem frases normais, com tons controlados, como "Tango down!", "cover me", "Reloading, give me backup", "target eliminated" e depois, mais pra frente, eles gritarem em tons desesperados e nervosos "Killed that son of a bitch", "Die, motherfucker", "I'm reloading goddammit, get this bastards of my ass!". É notável o estado emocional de cada um, e como eles começam a reagir as situações.
Os gráficos são muito bonitos, a cidade é espetacular mesmo estando coberta de areia e o mais interessante, é como os personagens progridem com isso. Conforme o jogo avança, os soldados começam a ficar cada vez mais e mais machucados. Adams fica manco, Walker tem parte do rosto queimado e etc. Eles tiram todo esse paradigma de soldados perfeitos que destroem exércitos e mal se arranham.
Spec Ops possui diversos finais e escolhas ao longo do game que alteram a sua visão dos acontecimentos. Isso faz com que o jogador termine mais de uma vez e veja mais de um ponto de vista sobre tudo.Mas no final, o veredito é apenas um: O que você denomina por certo, nem sempre é bom.
Junto com o game, pela primeira vez eu vou recomendar um filme, que mostra como é o estado emocional de soldados em zonas de guerra. O filme é "The Hurt Locker" (no Brasil com o nome de "Guerra ao Terror") e conta com o ator que fez o Gavião Arqueiro dos vingadores. É um bom filme que também retrata o sentimento passado por Spec Ops.
Spec Ops é um excelente game e altamente recomendado a todos. Definitivamente se tornou um dos meus games favoritos.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Guia - Como se tornar um monstro em Darksiders 2

"You are not angel nor demon. You are something from both. What are you?" -"I am DEATH!"
Ok, eu não tenho certeza se esse tipo de post vai dar certo, mas eu quis muito fazer um guia, ensinando coisas sobre games que eu gostei muito. No caso, este é sobre Darksiders 2.
Recentemente eu tenho jogado muito Ds2 (favor não confundir com Dark Souls 2) e aqui vou ensinar como deixar o seu Morte um verdadeiro monstro. Vamos lá.
Em Ds2, Morte usa suas foices características e pode usar uma arma secundária, que pode ser tanto pesada quanto leve, que seriam marretas ou punhos. Essas armas tem alguns tipos:

- Commom, que possuem o contorno branco: Essas armas são comuns, não possuem nenhum atributo e costumam ter um dano base baixo.
- Enchanted, que possuem o contorno verde: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior e geralmente possuem 1 atributo.
- Rare, que possuem o contorno azul: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior que as Enchanted e geralmente possuem 2 atributos.
- Elite, que possuem o contorno roxo: Essas armas costumam ter um dano base um pouco maior que as Rare e geralmente possuem 3 atributos.
- Possessed, que possuem o contorno laranja: Essas são o nosso alvo. Elas podem vir com um dano base alto ou baixo, dependendo do seu level, e elas podem vir com ou sem atributos.
- Legendary, que possuem o contorno amarelo e geralmente um fundo roxo: São conseguidos geralmente terminando quests ou matando bosses específicos. Possuem atributos específicos e geralmente são explicados a partir de um texto, o que faz com que você se confunda sobre o que a arma realmente faz.
(Lembrando que seus outros itens podem ser dos tipos descritos acima, exceto o tipo Possessed, esse serve apenas para armas)



Armas Possessed podem ser melhoradas, por isso são o nosso alvo. Elas podem ser melhoradas em cinco levels e a cada level, o dano base da arma aumenta, e ela pode adquirir um atributo, sendo o máximo 4 atributos. Para melhorar uma arma Possessed, você precisa sacrificar outros itens para ela. E ai que está o segredo: A arma Possessed vai adquirir os atributos do item que você sacrificou! Um exemplo:
- Suponhamos que você tenha uma foice Possessed e quer melhorá-la. Você sacrifica uma foice Elite de level inferior que você tenha no seu inventário. Essa foice Elite tem os atributos força, defesa e resistência, por exemplo. Quando a sua arma Possessed subir um level, uma janela aparecerá, pedindo que você escolha um atributo entre os 3 atributos da foice Elite que você sacrificou. Sacaram?

Os atributos que podem ser adquiridos em uma arma são vários, não vou descrever todos porque seria desnecessário, então vou descrever os principais, os usados e citados neste guia:

- Strenght : Aumenta a força do seu personagem, fazendo com que seu dano físico de mais dano.
- Defense : Aumenta a defesa física do seu personagem, fazendo com que ele receba menos dano físico.
- Resistance : Aumenta a defesa magica do seu personagem, fazendo com que ele receba menos dano mágico e menos dano elemental.
- Health Steal : Recupera a sua vida, de acordo com uma porcentagem, a cada ataque básico.
- Wrath Steal : Recupera a sua mana, de acordo com uma porcentagem, a cada ataque básico.
- Critical Chance : Aumenta a chance de um acerto critico, em porcentagem.
- Critical Damage : Aumenta o dano do seu acerto critico, em porcentagem.



Agora, porque você ia se preocupar com esses status? Simples: Se você tem uma build focada em dano físico, como eu, esses são os seus status principais. Caso tenha uma build focada em magias, esses atributos também são ótimos, você só precisa de alguns ajustes, trocando Strenght por Arcane, e os criticos por Arcane Critical Chance e Arcane Critical Damage.
Voltando a build física.
O ideal é o seguinte: Consiga uma foice Possessed do seu level, e tenha os atributos Health Steal, Wrath Steal, Critical Chance e Critical Damage. Com esses 4 atributos, você tem uma grande chance de cada ataque básico seu seja um critico. Com o Critical Damage, elas vão dar mais do que apenas o dobro de dano comum de um critico. O Health e Wrath Steal escalam em porcentagem, portanto, se você acertar um critico, a quantidade de vida e mana recuperados aumentam. Apenas com isso, você já se torna praticamente invencível. Mas ainda não é o suficiente...
Caso não goste muito de usar suas armas secundárias, você pode conseguir uma arma secundária Possessed e colocar os atributos de Strenght, Defense e Resistance. Dessa forma, você ganha esses atributos com a arma equipada, e você nem precisa usá-la.
Com essa build, é possível terminar todo e qualquer desafio do game, até mesmo na dificuldade mais alta. É claro, essa build é a minha preferência. Caso não se sinta confortável com ela, sinta-se livre para mudar e adaptar a sua forma de jogar.
Espero que tenham gostado. Caso eu sinta vontade farei outro guia em um futuro próximo.
Good Gaming and Keep Playing!



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Assassin's Creed - PC, PlayStation 3, Xbox 360 - 2007

"Nothing is true, everything is permitted."
O que dizer deste game, que demorei tanto pra terminar mas que sempre considerei excelente? Também, o que esperar de um game derivado do grandioso Prince of Persia? Enfim, chega de enrolação e vamos ao que interessa.
Assassin's Creed é um game de ação e aventura, com elementos de stealth. O game conta a história de Desmond Miles, um bartender que é sequestrado por uma empresa chamada Abstergo. Essa empresa tem uma máquina chamada Animus, em que ela consegue acessar a memória genética do individuo. Simplificando, ela consegue acessar a vida dos antepassados da pessoa em questão, e Desmond, por incrível que pareça, é descente dos maiores assassinos que já existiram. A Abstergo está atrás de um certo artefato, que um dia esteve nas mãos de seus antepassados, e eles precisam de Desmond para isso.
Sob custódia do Dr. Warren Vidic e da Dra. Lucy Stillman, Desmond é obrigado a entrar na Animus e reviver os passos de seu antepassado. Porém, eles não conseguem acessar a memória específica de que precisam, e para isso, Desmond precisa reviver momentos importantes da vida do antepassado para chegar no ponto que eles precisam. Assim, Desmond assume a vida de Altaïr Ibn-La'Ahad, um assassino da ordem dos assassinos durante o período da terceira cruzada, em 1191. Altair é a grande estrela do game, pois é com ele que você vai passar 98% do jogo.
Altair era o melhor assassino da ordem e por isso foi enviado em uma missão com mais 2 assassinos da ordem para recuperar o artefato das mãos dos templários, que eram os soldados da igreja, encarregados das cruzadas em si. Como Altair era o Chuck Norris da ordem, isso subiu a sua cabeça e ele achava que estava acima da ordem. Por isso, durante a missão, ele quebra as 3 regras da ordem: Nunca mate um inocente; Seja sempre discreto e; Nunca comprometa a irmandade. Altair entra no templo na companhia de Malik e Kadar, 2 irmãos assassinos da ordem. Malik desaprova cada ação de Altair, julgando-o arrogante e prepotente a cada passo dado. Já Kadar possui uma admiração absurda por Altair, devido as suas habilidades.
Dentro do templo, eles encontram Robert De Sablé, um templário importante, e Altair decide enfrentá-lo de peito aberto, ignorando as advertências de Malik. Porém, Altair é derrotado facilmente e, achando que seus irmãos já estavam mortos, ele retorna a Masyaf, onde fica a sede da ordem, para dizer ao Mestre assassino Al Mualim, de que falhou. Quando ele chega e da a noticia, Al Mualim se enfurece com Altair, mas logo em seguida, Malik chega e diz que a missão não foi um fracasso, pois ele sozinho conseguiu recuperar o artefato e escapar dos templários.
Porem, os templários seguiram Malik até Masyaf, e Altair é ordenado de que ajude a derrotar as tropas de Robert.
Assim que o confronto termina, Al Mualim diz que Altair merecia morrer por ter quebrado as regras da ordem, mas lhe da uma segunda chance, um meio de se redimir. Altair é rebaixado ao posto mais baixo entre os assassinos e agora tem a missão de matar 9 homens, que de acordo com Al Mualim, são aliados dos templários e que trazem morte e miséria a população de suas cidades. A cada templário morto, Altair conseguiria restituir seu posto maior como mestre assassino.
Terminando então o enredo básico do game, vamos para como é o jogo. O game possui 6 áreas no total, 3 sendo principais, que são Acre, Damasco e Jerusalem. As outras são Masyaf, o reino e Arsuf, uma cidade que só aparece no final do game. As 3 cidades principais são divididas em 3 distritos: o rico, o pobre, e o de classe média, por assim dizer. Quando se chega em uma cidade pela primeira vez, só um distrito estará aberto, e os outros ficarão disponíveis quando você tiver que retornar para matar outro alvo. Assim que você visitar cada cidade pelo menos uma vez, o fast travel estará disponível. Além disso, é possível andar a cavalo para se locomover de uma cidade para outra.
Para eliminar os alvos, você antes precisa fazer uma investigação sobre seu alvo. Para isso, nós temos mini missões espalhadas pela cidade, em que devemos interrogar pessoas, escutar conversas, roubar documentos ou receber informações de outros membros da ordem. Isso descreve a jogabilidade do jogo inteiro e é justamente esse um dos pontos negativos. A cada novo alvo, os mesmo objetivos são impostos, o que torna o game muito repetitivo e maçante, por mais que a cada alvo morto a história vá se tornando mais interessante, a jogabilidade maçante torna o game menos interessante a cada parte, ainda mais pela dificuldade contínua. A cada alvo morto, as cidades se tornam mais alertas, e quando você cria algum tipo de comoção entre o público, mais soldados irão aparecer. Na última cidade, você tem que enfrentar mais ou menos 15 soldados ao mesmo tempo e isso é muito, mas muito chato.
Nas cidades, além dos objetivos de investigação nós também temos objetivos secundários, como salvar civis de guardas que estão maltratando-as e também temos os viewpoints. Geralmente são lugares altos em que você pode escalar para o assassino ter uma boa visão do lugar e poder descobrir objetivos e atualizar o mapa. E para descer, vem o famoso Leap of Faith (Salto de fé). O assassino salta do ponto mais alto e cai em algum lugar macio, geralmente palha. Isso é uma das coisas mais emocionantes dos AC.
No game existem 5 tipos de armas, os próprios punhos, espada longa, espada curta, adagas de arremesso e a arma que define todo o gênero de AC: a Hidden Blade (Lâmina escondida). Ela é uma pequena faca que fica presa a um mecanismo que fica escondido no braço do assassino. É uma arma letal e muito eficiente, fácil de ser escondida. É a marca registrada do game, sem sombra de dúvida.
Os gráficos do game são simplesmente excelentes, cada paisagem é de tirar o folego. A forma como cada cidade é retratada é muito fiel a época e feita com maestria. Os sons do game são muito bons e a dublagem é boa, EXCETO a voz do Altair. Falta emoção, é uma voz de um soldado morto, não condiz com as palavras e atitudes de Altair. Eu diria que esse é o outro ponto negativo do game, sendo só este e a repetitividade das missões. As músicas do game são épicas, apesar de não aparecem direto.
Eu havia dito que AC é descendente de Prince of Persia, pois bem, AC originalmente era mais um projeto de Prince of Persia, chamado Assassins. Como o game era muito diferente da temática de Prince, eles resolveram lançar como um jogo inteiramente novo. Ótima decisão, na minha opinião.
Assassin's Creed é um excelente game, poderia ser melhor se não fosse a repetitividade, mas se você for um fã ferrenho da série como eu, isso é totalmente irrelevante. Nem é preciso dizer que o game é obrigatório para todos.