sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Assassin's Creed - PC, PlayStation 3, Xbox 360 - 2007

"Nothing is true, everything is permitted."
O que dizer deste game, que demorei tanto pra terminar mas que sempre considerei excelente? Também, o que esperar de um game derivado do grandioso Prince of Persia? Enfim, chega de enrolação e vamos ao que interessa.
Assassin's Creed é um game de ação e aventura, com elementos de stealth. O game conta a história de Desmond Miles, um bartender que é sequestrado por uma empresa chamada Abstergo. Essa empresa tem uma máquina chamada Animus, em que ela consegue acessar a memória genética do individuo. Simplificando, ela consegue acessar a vida dos antepassados da pessoa em questão, e Desmond, por incrível que pareça, é descente dos maiores assassinos que já existiram. A Abstergo está atrás de um certo artefato, que um dia esteve nas mãos de seus antepassados, e eles precisam de Desmond para isso.
Sob custódia do Dr. Warren Vidic e da Dra. Lucy Stillman, Desmond é obrigado a entrar na Animus e reviver os passos de seu antepassado. Porém, eles não conseguem acessar a memória específica de que precisam, e para isso, Desmond precisa reviver momentos importantes da vida do antepassado para chegar no ponto que eles precisam. Assim, Desmond assume a vida de Altaïr Ibn-La'Ahad, um assassino da ordem dos assassinos durante o período da terceira cruzada, em 1191. Altair é a grande estrela do game, pois é com ele que você vai passar 98% do jogo.
Altair era o melhor assassino da ordem e por isso foi enviado em uma missão com mais 2 assassinos da ordem para recuperar o artefato das mãos dos templários, que eram os soldados da igreja, encarregados das cruzadas em si. Como Altair era o Chuck Norris da ordem, isso subiu a sua cabeça e ele achava que estava acima da ordem. Por isso, durante a missão, ele quebra as 3 regras da ordem: Nunca mate um inocente; Seja sempre discreto e; Nunca comprometa a irmandade. Altair entra no templo na companhia de Malik e Kadar, 2 irmãos assassinos da ordem. Malik desaprova cada ação de Altair, julgando-o arrogante e prepotente a cada passo dado. Já Kadar possui uma admiração absurda por Altair, devido as suas habilidades.
Dentro do templo, eles encontram Robert De Sablé, um templário importante, e Altair decide enfrentá-lo de peito aberto, ignorando as advertências de Malik. Porém, Altair é derrotado facilmente e, achando que seus irmãos já estavam mortos, ele retorna a Masyaf, onde fica a sede da ordem, para dizer ao Mestre assassino Al Mualim, de que falhou. Quando ele chega e da a noticia, Al Mualim se enfurece com Altair, mas logo em seguida, Malik chega e diz que a missão não foi um fracasso, pois ele sozinho conseguiu recuperar o artefato e escapar dos templários.
Porem, os templários seguiram Malik até Masyaf, e Altair é ordenado de que ajude a derrotar as tropas de Robert.
Assim que o confronto termina, Al Mualim diz que Altair merecia morrer por ter quebrado as regras da ordem, mas lhe da uma segunda chance, um meio de se redimir. Altair é rebaixado ao posto mais baixo entre os assassinos e agora tem a missão de matar 9 homens, que de acordo com Al Mualim, são aliados dos templários e que trazem morte e miséria a população de suas cidades. A cada templário morto, Altair conseguiria restituir seu posto maior como mestre assassino.
Terminando então o enredo básico do game, vamos para como é o jogo. O game possui 6 áreas no total, 3 sendo principais, que são Acre, Damasco e Jerusalem. As outras são Masyaf, o reino e Arsuf, uma cidade que só aparece no final do game. As 3 cidades principais são divididas em 3 distritos: o rico, o pobre, e o de classe média, por assim dizer. Quando se chega em uma cidade pela primeira vez, só um distrito estará aberto, e os outros ficarão disponíveis quando você tiver que retornar para matar outro alvo. Assim que você visitar cada cidade pelo menos uma vez, o fast travel estará disponível. Além disso, é possível andar a cavalo para se locomover de uma cidade para outra.
Para eliminar os alvos, você antes precisa fazer uma investigação sobre seu alvo. Para isso, nós temos mini missões espalhadas pela cidade, em que devemos interrogar pessoas, escutar conversas, roubar documentos ou receber informações de outros membros da ordem. Isso descreve a jogabilidade do jogo inteiro e é justamente esse um dos pontos negativos. A cada novo alvo, os mesmo objetivos são impostos, o que torna o game muito repetitivo e maçante, por mais que a cada alvo morto a história vá se tornando mais interessante, a jogabilidade maçante torna o game menos interessante a cada parte, ainda mais pela dificuldade contínua. A cada alvo morto, as cidades se tornam mais alertas, e quando você cria algum tipo de comoção entre o público, mais soldados irão aparecer. Na última cidade, você tem que enfrentar mais ou menos 15 soldados ao mesmo tempo e isso é muito, mas muito chato.
Nas cidades, além dos objetivos de investigação nós também temos objetivos secundários, como salvar civis de guardas que estão maltratando-as e também temos os viewpoints. Geralmente são lugares altos em que você pode escalar para o assassino ter uma boa visão do lugar e poder descobrir objetivos e atualizar o mapa. E para descer, vem o famoso Leap of Faith (Salto de fé). O assassino salta do ponto mais alto e cai em algum lugar macio, geralmente palha. Isso é uma das coisas mais emocionantes dos AC.
No game existem 5 tipos de armas, os próprios punhos, espada longa, espada curta, adagas de arremesso e a arma que define todo o gênero de AC: a Hidden Blade (Lâmina escondida). Ela é uma pequena faca que fica presa a um mecanismo que fica escondido no braço do assassino. É uma arma letal e muito eficiente, fácil de ser escondida. É a marca registrada do game, sem sombra de dúvida.
Os gráficos do game são simplesmente excelentes, cada paisagem é de tirar o folego. A forma como cada cidade é retratada é muito fiel a época e feita com maestria. Os sons do game são muito bons e a dublagem é boa, EXCETO a voz do Altair. Falta emoção, é uma voz de um soldado morto, não condiz com as palavras e atitudes de Altair. Eu diria que esse é o outro ponto negativo do game, sendo só este e a repetitividade das missões. As músicas do game são épicas, apesar de não aparecem direto.
Eu havia dito que AC é descendente de Prince of Persia, pois bem, AC originalmente era mais um projeto de Prince of Persia, chamado Assassins. Como o game era muito diferente da temática de Prince, eles resolveram lançar como um jogo inteiramente novo. Ótima decisão, na minha opinião.
Assassin's Creed é um excelente game, poderia ser melhor se não fosse a repetitividade, mas se você for um fã ferrenho da série como eu, isso é totalmente irrelevante. Nem é preciso dizer que o game é obrigatório para todos.